quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sobre a adopção por homossexuais

Está em Portugal a despoletar a discussão sobre o casamento homossexual e sobre a adopção de crianças por estes casais. Antes de mais, devo dizer que não tenho nada contra o dito casamento. Pessoalmente fico triste que hajam miúdas que gostam de outras miúdas, porque assim a oferta diminui. E se até agora não arranjei nenhuma, as coisas começam a apertar. Por outro lado, não percebo porque é que estes querem casar. Eu, em Portugal, não percebo como é que qualquer par de namorados (homossexual ou heterossexual) quer casar. Só se for para divorciar logo a seguir. Afinal, todos sabemos que os benefícios fiscais para um par de divorciados a viver juntos são muito maiores do que um casal. Mas adiante...

O que me faz escrever este texto, e pelo título já depreenderam, não é se estes casais devem ou não casar, mas se devem ou não poder adoptar. Concordo que podem dar muito carinho, e dar uma formação correcta a qualquer criança. Não é esse o meu problema. O que me preocupa são as crianças, que, como todos sabemos, são sinceras, límpidas e cruéis.

Se para os adultos se nota a dificuldade em aceitar os casais homossexuais, nas crianças, neste momento, essa dificuldade será ainda maior. Se uma criança já é insultada imensas vezes por ser gorda, por só ter um pai (cada vez menos), ou por não ter pais ou estar numa instituição de acolhimento. Agora, uma criança adoptada por um casal de homossexuais, neste momento, seria alvo de demasiada pressão psicológica. Parece-me que devemos, talvez, aprovar a lei do casamento, dar o tempo necessário a que comecem a aparecer os primeiros casais, e quando isso for um pouco mais habitual, pensar-se na adopção.

Como sempre, esta é a minha opinião que pode ser (e espero que seja) diferente da do leitor. Se desejar comentar, por favor faça-o de forma correcta e construtiva. Relembro que os comentários são moderados e rejeitarei qualquer mensagem que não cumpra estes requisitos.

2 comentários:

mega disse...

Percebo bem este argumento, usado por muitas pessoas, mas se formos a ver bem, as crianças são cruéis pela (falta de) educação que têm/tiveram.
Se pensares bem, sempre foi assim com diferenças:
- nos anos 60/70 com crianças mestiças
- nos anos 80/90 com crianças de pais separados/divorciados

E vai ser assim com crianças de pais homossexuais. A realidade é que enquanto a mentalidade não mudar vai sempre haver crueldade. Mas mais importante que mudar mentalidades é adequar a Lei à realidade, e a realidade é que já existem crianças de pais homossexuais que por Lei só têm 1 mãe ou 1 pai, quando na verdade são filhos de casais.
E isso é que é a verdadeira crueldade. As diferenças só existem enquanto nós as considerarmos diferentes.

ups disse...

O/A mega tem razão: É só adiar o inevitavel. As criancas são crueis seja qq foir o motivo. Se nao for qq uma destas coisas, elas implicam com a forma de como está o cabelo!

Alias, a sensacao que tenho é que é uma especie de desculpa esfarrapada usar criancinhas quando o motivo não é nada esse.