sábado, 29 de outubro de 2011

Os Pilares da Terra (Ken Follett) - Vol I

É certo que a história é apenas uma, e que a divisão em volumes é puramente funcional (tornar possível a impressão e encadernação do livro), e não como, por exemplo, O Senhor dos Anéis em que, embora a história continue, cada livro tem um final minimamente estanque.

Mas para não vos deixar tanto tempo à espera, preferi apresentar aqui uma pequena revisão do primeiro volume de Os Pilares da Terra, uma obra em dois volumes de Ken Follett, publicado em Portugal pela Editorial Presença.

A história é referente à idade média, e portanto, considerável com romance histórico. Romance neste contexto, apenas porque em Portugal é típico denominar por Romance toda a literatura. Claro que existe romance, mas a percentagem relativa ao resto da história não é suficiente para que se denomine (a meu ver) a obra como romance puro e duro.

O livro está muito bem escrito. Não estou a ler a versão original, como vêm pela capa, mas a versão traduzida. Não posso dizer de que modo a escrita de Ken Follett é rebuscada ou não, mas a forma como a história é contada e encruzilhada é reproduzida durante a tradução, e é aquilo que (sendo esta a segunda obra que leio de Ken Follett) mais admiro na escrita de Follett. Aos poucos, vários personagens são apresentados, de forma independente, com histórias independentes que, aos poucos, e sem contar, se vão cruzando. Alguns destes cruzamentos são tão inesperados que tornam a leitura agradável.

A tradução em si também é boa. Lamento não apresentar aqui o nome do (ou da) tradutor, mas tentarei lembrar-me de o fazer quando escrever sobre o segundo volume. Apenas alguns erros esporádicos que me parecem mais tipográficos do que propriamente erros de escrita.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O não querer vender Português

Cada vez me convenço mais que Portugal não vai para a frente não só por culpa dos políticos (em geral), que tendem a meter mais ao bolso do que a trabalhar, mas também porque o típico Português não tem visão (ou então tenho-me deparado com demasiados ceguetas...).

Já não é a primeira vez que vou a uma vending machine, típicas agora em quase todas as universidades e institutos politécnicos portugueses, que não tem troco. Habitualmente, esta situação não acontece ao fim do dia, mas sempre pouco depois do horário do funcionário ir recarregar a máquina, e levantar o dinheiro.

Não sei se já alguma vez viram como é que o mealheiro destas máquinas funciona. Existem várias pilhas, uma para cada tipo de moeda aceite. Estas pilhas enchem, e as moedas nelas presentes são usadas para dar troco. Por baixo das pilhas, existe um recipiente, onde as moedas são depositadas, todas ao molho, quando as pilhas de troco estão cheias.

Ora, os funcionários têm a mania de querer ganhar tudo de uma vez, e não levantam apenas o dinheiro que está no recipiente dos extra, mas também esvaziam todas as pilhas de moedas usadas para troco.

O que acontece é que os primeiros clientes, deixam de o ser. Querem comprar, mas não conseguem porque não têm o valor exacto. Então, ou passam fome, ou deslocam-se ao típico bar, com funcionário de carne e osso.

Gostava que tentassem fazer uma contagem, do número de vendas que perdem por dia, e fizessem a prospecção do valor que perdem por ano. Podia ser que ganhassem juízo...