quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Assassinato de Roger Ackroyd (Agatha Christie)

O Assassinato de Roger Ackroyd é capaz de ser o melhor livro de Agatha Christie que li até ao momento (é certo que não foram assim tantos). Considero-o bem melhor que o célebre "Crime no Expresso Oriente". E com um título tão banal (o assassinato de alguém) não é um livro que, nas livrarias, chame à atenção, como o já mencionado Crime no Expresso Oriente, ou de outros como "O Dia das Bruxas" ou "Os trabalhos de Hércules".

A história prende-se, evidentemente, com um assassinato, e o processo de encontrar o assassino. Claro que não vou estragar a surpresa e o interesse em ler o livro, mas posso dizer que fiquei surpreendido não só por não contar com a escolha do assassino, mas também por alguns pormenores (que o narrador refere no último capítulo do livro) de como a história é contada, que quase nos indicam quem é o assassino mas que nós, leitores (ou pelo menos eu) deixamos escapar e não reparamos de todo.

Outro pormenor interessante deste livro é a forma como está escrito. Em vez da existência de um narrador, a história é contada na primeira pessoa, não por Poirot, mas por alguém que o acompanha durante o desenrolar dos acontecimentos. Também giro é ver que esse mesmo personagem acaba por sentir as mesmas dúvidas que o leitor, sempre sem perceber como Poirot faz as suas deduções, mostrando-se completamente perdido.

É certo que os livros de Agatha Christie não são obras literárias de topo, e não foram escritas com esse intuito. Mas a história está bem urdida, e a escrita leve, fácil de ler e compulsiva, fazendo com que não se queira parar de ler.

Se gostam de policiais, se têm interesse pelos livros de Poirot, não posso deixar de recomendar a leitura deste assassinato.

Nota: devo referir que estes comentários que escrevo nem sempre se referem a um livro lido recentemente (embora este o tenha sido), e nem sempre são publicados exatamente na data em que o terminei de ler. Para seguirem as minhas leituras vejam à direita a minha leitura atual. Essa sim, atualizada sempre que termino/inicio novo livro.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Naked Heat - Richard Castle

Este é o segundo livro escrito pela personagem fictícia Richard Castle, um escritor que acompanha uma detective no seu dia a dia, como forma de se inspirar para os seus romances policiais. Suponho já ter explicado este assunto, até porque me lembro de ter divagado sobre quem seria o real autor, e de que forma não se importava de escrever sem que o seu nome aparecesse na ficha técnica. Por isso, passo já aos comentários relativos à obra propriamente dita.

Pois bem, do meu ponto de vista este segundo livro está bastante melhor que o primeiro: mais bem escrito, mais fácil de ler, e com uma história mais intrincada. Isto leva a que existam mais  personagens, com nomes que não me permitiram associar facilmente ao personagem em causa,  o que me obrigou, por vezes, a recuar no texto para perceber a quem o texto se referia. Possivelmente o facto de ter estado a ler o livro numa altura algo complicada da vida, em que se passavam alguns dias sem pegar no livro, também não ajudou.

Aparentemente, também diminuiu o número de cenas pouco relevantes para a história, e aumentou o tamanho de algumas descrições. Para vos dar uma ideia, há uma briga entre a personagem principal, Nikki Heat, e um assassino, que é descrita ao pormenor, durante mais de duas folhas, o que nos permite praticamente visualizar todos os detalhes dessa pancadaria de uma forma bastante real.

Em termos psicológicos, não me sinto tão cativado pelas personagens principais dos livros como acontece com as personagens da série Castle. Suponho que não estará apenas relacionado com o facto de, na série, termos uma cara, e um corpo, e uma forma de agir. Digo isto porque simpatizo com várias personagens apenas existentes em livro. Mas a verdade é que sinto a Nikki Heat demasiado superficial (ao contrário de Kate Becket, reservada) e o Rook demasiado convencido e, ao mesmo tempo ingénuo (talvez mais próximo do próprio Richard Castle, mas mesmo assim menos humilde que este). Mas é possível que estes dois personagens venham a crescer, de algum modo, nos próximos livros.

Por falar nisso, tenho de pensar em os encomendar. Ou alguém me quer oferecer um no meu aniversário, que se avizinha?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Orgasmo Comercial?

A ACIF, Associação Comercial e Industrial de Famalicão colocou esta publicidade no centro da cidade. É uma variação ao velho Oh! Oh! Oh!, mas que a mim só me soa a orgasmo.. oh!... Ooh!... Oooh!!!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Estacionar nos passeios


Algo que me enerva profundamente são os estacionamentos em cima do passeio. No caso de cima, obriga o peão a sair do passeio, no caso de baixo, obriga a fazer uma prova de perícia. Em nenhum dos casos uma cadeira de rodas era capaz de passar.

É certo que isto não é no centro de uma cidade, e não há assim tanta gente a passear por estes passeios, mas parece-me falta de ética. Ainda para mais com tanto espaço para estacionar mais acima/abaixo. Podiam ter-se colocado na rua, obrigando os carros a desviarem-se e não os peões?