terça-feira, 30 de junho de 2015

História de um gato e de um rato que se tornaram amigos


Sou fã do Luís Sepúlveda, não só dos seus romances (recordo por exemplo O Velho que Lia Romances de Amor) mas também dos seus livros pseudo-infantis. Mas, ao contrário de outros, como A História de um Caracol que Aprendeu a Importância da Lentidão, ou O Gato que Ensinou a Gaivota a Voar, este livro de que hoje vos falo é um pouco menos interessante, já que a história é mínima e praticamente insignificante. Não quer dizer que o livro seja mau, mas confesso que me deixou um pouco triste. No entanto, aquilo que é dito no livro não deixa de ser interessante ou importante. Este livro é uma espécie de Ode à Amizade, em que vão sendo realçados sentimentos que demonstram a amizade entre os diferentes personagens da história: Max, o dono do gato Mix, e o seu amigo rato Mex.

Portanto, em última análise, não o leiam com a esperança de um conto muito interessante. Leiam-no como uma forma de compreender a amizade.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O Homem de Sampetersburgo

 

Demorou-me bastante tempo a ler. Ao contrário de outras obras de Ken Follett, esta aproxima-se ao primeiro volume da trilogia "O Século", com uma história morna que, infelizmente, só aquece no final (não apenas pelo incêndio da história...). Na capa do livro tem algumas citações de jornais, em que alguém diz que é talvez a melhor obra de Ken Follett. Infelizmente não concordo. Não que seja mau, mas não é cativante. Tanto é que acabei por ir deixando o livro, sem o ler, e vendo algumas séries. Mas finalmente ganhei a coragem necessária para o acabar (até porque tenho vários outros que parecem interessantes na estante).

A história volta a ser no passado, algures antes da segunda guerra mundial (espero não me estar a equivocar), e apresenta algumas questões de política internacional, misturada com algum (mas pouco) romance, e uma história com algum suspense ou acção.


sábado, 6 de junho de 2015

Lei da Oferta e da Procura

Neste tempo, em que se vê por todo o lado, em todas as rua, alguém a vender cerejas, supostamente todas de Resende, é possível aprender e ensinar um bocado sobre economia de mercado, e a lei da oferta e da procura. Ora vejamos, na estrada Barcelos - Famalicão existiam duas destas "tendas", uma muito perto de Famalicão, outra muito perto de Barcelos. Ambas estavam a vender cereja a 5 euros, cada 2 Kg.
Entretanto, perto da tenda junto a Famalicão, uma casa de petiscos optou por também vender cereja, colocando anúncio a indicar que cada Kg de cereja era a 1.99. É evidente que o vendedor da dita tenda não gostou, mas a única forma que teve para resolver o problema foi baixar o seu preço de forma a garantir alguma clientela, igualando-o ao preço da dita casa de petiscos.
Entretanto, a dita casa de petiscos decidiu que ainda podia baixar o preço, vendendo o Kg de cereja a 1.50. Não sei se foi por essa razão ou outra qualquer, que no dia seguinte não vi a tenda. Ora, como a tenda não apareceu, a casa de petiscos voltou a vender a 1.99 euros o Kg.
Um dia depois, a tenda voltou, e claro, a casa de petiscos passou ao preço de 1.50, ao que o tendeiro respondeu com o preço de 1.49.
Ah, e esqueci de dizer que o tendeiro perto de Barcelos se manteve sereno, a vender a 5 euros, cada 2Kg.
Ou seja, quando a oferta é grande e a procura não, os vendedores degladiam-se de modo a tentar arranjar clientela. Quando, por outro lado, a procura é grande, torna-se possível subir os preços.
Parece-me, pois, que das duas uma: ou há demasiada procura para os serviços de telecomunicações, e portanto, as operadoras têm tantos clientes, que pouco se importam se eles mudam ou não, ou então, e uma vez que não se verifica esta lei da oferta e da procura, há cartelização de preços. Não sei porquê, mas continuo a defender esta última hipótese.