sábado, 20 de fevereiro de 2016

O Dia do Escaravelho (Catherine Fischer)

Este livro surgiu na minha colecção por completo acaso. A Editorial Presença, aqui há tempos, promoveu um concurso no Facebook, em no fim, fiquei com direito a dois livros, escolhidos de entre um conjunto de livros possíveis. Na altura podia ter lido comentários sobre as obras em causa, mas segui o instinto sobre o título do livro e... a capa.

Bem, confesso que este saiu furado. Li 50 páginas das 300. Percebi que é o terceiro volume de uma trilogia, o que só por si torna as coisas mais complicadas. Mas o tipo de narrativa, o tipo de história, não me motivou o suficiente para tomar a iniciativa de parar, comprar os outros volumes, e ler tudo do início. Continuei a ler mais um pouco. Mas, como digo, o tipo de história não me motivou. Um mundo em que coabitam deuses e humanos, mercenários e escribas, o chacal e outros, em que as personagens aparentemente, embora de tipos diferentes, não deixam de ser... humanos. É possível que esteja a ser injusto, já que na história que precede este livro algo pode ter acontecido para que se encontrassem nesta situação. Mas nesse caso, a autora devia ter tido o cuidado de dar um único nome à obra, e adicionado um subtítulo, juntamente com o número do volume, tal como foi feito, por exemplo, em O Senhor dos Anéis, do grande mestre Tolkien, ou em Os Pilares da Terra, de Ken Follet.

Por uma questão de princípio não deito fora livros, mas se alguém estiver interessado neste, ofereço-o de bom grado, como novo. Afinal 82% das páginas nem sequer foram lidas.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Os Assaltos à Padaria (Haruki Murakami)

Não, não foi uma leitura supersónica. O livro, embora com quase 100 páginas, é pequeno. A mancha gráfica usa um terço do papel, a impressão a verde borratada em várias páginas, e o número de página tão minúsculo que mal se vê. No fim, encadernado com capa dura, tentando que se venda como um bom livro. Em termos de estética o que o safa são as lindas ilustrações. Melhores, ainda, que a história.

E por falar em história, e embora já conte que sendo escrita por Murakami não tenha um final claro, é fria, sem acção e sem grande significado. Fica tudo no ar. Não há uma razão. Não há sequer um desabafo. Tudo demasiado superficial.

Eu sei que é um pequeno conto. Mas contava com mais. Acho que a própria história, se melhor trabalhada dava para muito mais. Mas confesso que pode ter sido pelo aspecto do livro, que tenha ficado a contar com algo mais...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Dune (Frank Herbert)

Demorou. Foi quase um ano. A culpa acima de tudo não foi do livro, mas de um conjunto de situações que me levaram a ter menos tempo para a leitura e que me atrapalharam, também, a vista. Disso já vos falei, e não vos maço mais.

Em relação ao livro, que li em Inglês, devo dizer que, mais uma vez, foi um desafio. Tal como a leitura de muitas das obras de Isaac Asimov (Foundation, por exemplo), ou do Douglas Adams (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy), muitas palavras não me faziam grande sentido. Felizmente neste, e ao contrário de outros tinha um glossário de alguns termos inventados para o universo da história. Mas por um lado na maior parte das vezes a preguiça de o ir consultar é maior, e por outro, nem sempre nos conseguimos lembrar, de uns dias para os outros, do significado destas palavras. Isto para não falar de outros termos que simplesmente não conheço.

Mas lá consegui chegar ao fim, e perceber a história. Não vos vou contar a história, é evidente. Apenas dizer que nos dois grandes capítulos (Dune e Profeta), o primeiro é claramente melhor (minha opinião). O Segundo, mais pequeno que o primeiro, acaba por descrever um espaço temporal maior, o que por si só já demonstra as principais diferenças. Sinto que o autor já estava, parece-me, cansado, e com alguma vontade de atalhar caminho. Não significa, porém, que seja mau, simplesmente pior do que a obra prima que tantos referem, que me levaram a esperar melhor.