domingo, 25 de maio de 2008

Inacessibilidade

Já neste blogue falei de acessibilidade, ou falta de acessibilidade na Universidade do Minho. Este post é, de novo, sobre inacessibilidade, mas não é propriamente esse o ponto central.

Então vejamos: existe um grill, uma espécie de restaurante self-service (vá lá que não é só grill e por vezes apanham-se alguns assados e cozidos) que, para se lhe poder aceder, é necessário descer cerca de 8 degraus. Depois de descidos, aparece a zona em que cada cliente pega num tabuleiro e lhe coloca o que deseja comer. No fim realiza o pagamento e, para se sentar e almoçar, tem de escolher entre subir 8 degraus, ou descer 8 degraus (sala de cima, sala de baixo).

Espero que quem não conheça o sítio já tenha uma ideia do estilo. Agora, a primeira coisa que não lembra nem ao Diabo é distribuir um inquérito onde o primeiro ponto pede que se classifique a acessibilidade do dito grill de 1 a 5 (nada acessivel a muito acessível). Mas o que realmente acho inacreditável há que haja quem dê uma nota diferente de 1 a esta situação!

É por estas e por outras que eu não acredito em inquéritos e estatísticas...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Festival da Euro-Humilhação



Estamos de novo naquela época do ano em que Portugal participa no Festival Eurovisão da Canção usando uma canção escolhida (teoricamente) pelos portugueses. E então, porquê, teoricamente?

Este ano as votações foram feitas por telefone. Ainda em tempo de votação já os serviços de tele-voto indicavam que o período de voto tinha terminado. E isto enquanto na televisão, em directo, se fazia uma contagem decrescente completamente virtual (eu diria mesmo imbecil). Embora o serviço de tele-voto tenha feito algumas estatísticas e defenda que a tendência de voto seria a mesma, estes problemas mostram logo a falta de profissionalismo deste concurso. Depois, há o problema de quem concorre. Devem ser simples cantores anónimos, ou cantores que passaram mais de meio ano a passar na televisão, em programas periódicos a cantar, a fazer publicidade, a manipular todo um público para votar neles? Ora vejam bem quem ganhou este ano e nos irá representar: um conjunto de cantores que participaram no programa Operação Triunfo. Todos aqueles que durante anos a fio votaram naqueles participantes (seja na Vânia, ou num dos outros), não iria mudar o voto durante o Festival RTP da Canção. Pergunto-me, pois, se seria ético colocar alguém como o Tony Carreira a participar neste festival. Com certeza que ganhava. Mas será que seria um bom representante de Portugal num festival internacional que tem mostrado grande evolução no género de música aclamado?

Vejamos o exemplo do ano anterior, de onde retirei o vídeo da Maria-Folia. O processo de votação foi diferente, mas não foi melhor. O processo de votação era duplo: por um lado um Juri de pessoas consagradas, e por outro lado, o tele-voto habitual. Mais uma vez o que aconteceu foi que o Juri votou em quem lhe interessava. Notou-se perfeitamente que não votaram pela canção nem por quem a interpretou mas por quem a escreveu, por quem a musicou. Notou-se também, que não votaram em algumas por quem a musicou! Logo de seguida, o público por tele-voto mudou completamente a tabela de voto. O último lugar (Maria-Folia) passou a segundo ou terceiro (não consigo precisar). Só não passou a primeiro lugar porque deram tanto peso ao Juri como aos votos dos portugueses. Será que alguns portugueses têm direito a dar maior peso do que outros?

Para concluir, que este post está a ficar longe, gostava de convidar a RTP a, para o próximo ano, ter a coragem de organizar um Festival RTP da Canção que dê exactamente a mesma probabilidade a todos os participantes. Mas se querem mesmo ganhar alguma vez (ou ficar nos primeiros lugares), tenham a humildade de pedir desculpa ao grupo Maria-Folia pelo que lhes fizeram durante a votação do Juri, e convidem-nos a participar no Festival Eurovisão da Canção!

(só uma nota final, que não tenho qualquer relação com nenhuma das músicas de nenhum dos festivais da canção. Estes são só opiniões de um português)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Indecência Social

Não lembra nem ao Diabo, e sinceramente, custa-me sequer a fazer um comentário que seja a tamanha crueldade, burrice, e por aí fora (precisava agora de um dicionário de insultos).

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Restaurante no fim do mundo...

...ou do Universo. Pois bem, este não é um daqueles posts que não lembra nem ao Diabo, é só mesmo para dar a conhecer a minha próxima leitura. Embora não tenha gostado tanto da forma de escrever do Douglas Adams como gosto da forma de escrever do Isaac Asimov (e sim, eu leio as versões inglêsas e, desculpa Filipa, mas tentei ler a tradução de um livro do Isaac Asimov em português e não consegui passar das três páginas... tradução miserável), depois de ler o primeiro volume do Hitchhiker's Guide to the Galaxy, tinha de ler o resto da trilogia em cinco volumes.

Não posso, claro, comentar o conteúdo do livro, já que ainda li umas dez páginas. Mas posso dizer que o Douglas Adams fez um excelente trabalho nas primeiras páginas a rever o contexto da história, para relembrar o leitor do primeiro livro. E conseguiu fazê-lo sem ser chato!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Los calzoncillos de Carolina Huechuraba

Devem lembrar-se de uma entrada aqui há uns dias, sobre o último livro de Luís Sepúlveda: Crónicas do Sul. Na verdade, o nome original é qualquer coisa como: Los calzoncillos de Carolina Huechuraba y otras crónicas. Sim, eu sei que a tradução dos títulos nunca foi o forte das editoras (livreiras e cinematográficas) portuguesas.

Se bem se lembram, comparei o livro a um blogue. Fi-lo antes de ter lido o livro, apenas folheando e lendo um parágrafo aqui, outro parágrafo ali. E, não me enganei. Não só é um blogue em papel, mas também na Web: podem ler a maior parte das histórias no blogue do Luís Sepúlveda no site do Le Monde Diplomatique Chileno. Portanto, antes de comprarem o livro, leiam uma história (Chileno deve ser tipo espanhol) ou duas, e decidam se querem gastar cerca de 9 euros em deambulos políticos sobre o Chile, Pinochet, o Chile, Pinochet, o Chile, Pinochet, mais uma história do Sul de Espanha, e continuamos a falar do Chile, Pinochet, Chile, Pinochet... é que não lembra nem ao Diabo! O homem está morto e enterrado. As obras dele, certamente que não. Mas se queremos que as coisas mudem, não será com certeza continuando a falar do passado! Toca a mexer! Toca a fazer o país andar para a frente!

sábado, 10 de maio de 2008

Grande susto...

Esta noite, por estar bastante nervoso, e tentar adormecer sem pensar no que me atormentava, decidi fazer uma experiência (que resulta!). Peguei no meu iPod e nos earphones, deitei-me, e fiquei a ouvir música.

Devo confessar que não gosto de usar estas coisas. Prefiro os velhos auscultadores do que meter coisas dentro dos ouvidos! Mas para não atrapalhar na cama, os earphones servem melhor o objectivo. Em particular, estou surpreendido com a qualidade 3D dos earphones que vêm com o iPod. Mas continuando com a minha experiência...

Estava eu prestes a adormecer (tanto que nem cheguei a desligar o iPod como devia!), quando apanho um grande susto! pum pum pam! pum pum pam! pum pum pam! Que raio se passa? Onde está o fogo? Ahs... é só o We will rock you dos Queen. Acho que tenho de escolher um pouco melhor as músicas a usar para adormecer.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Fugir ao Acidente

Hoje, vinha eu todo contente a conduzir, e a reclamar com o transito (sim, eu insulto condutores constantemente, embora me pareça que nunca ninguém me ouvir a insultar quem quer que seja), quando me lembrei de uma dúvida filosofal. Uma dúvida tão filosofal que, com certeza, não lembra nem ao Diabo! Mas é uma pena que assim seja, porque é uma questão pertinente.

De acordo com o código da estrada, um condutor deve, sempre que possível, evitar o acidente. Evitar o acidente é uma frase gira, mas com alguma ambiguidade. Então vejamos: imaginem aquele carro da imagem (encontrei a imagem no Google e confesso que fiquei todo contente, que com ela se torna muito mais simples explicar o meu ponto de vista). Bateu de frente com uma árvore. Terá sido por culpa dele, ou terá sido para fugir ao acidente?

Suponhamos que foi para fugir ao acidente e que, em vez de bater num outro carro que até era culpado no acidente, preferiu evitar o acidente e bateu na árvore. Pois bem, o condutor foi simpático já que não provocou um acidente com outro carro. No entanto, irá ter de pagar o arranjo do carro. Mesmo que use o seguro, com sorte vai agravar a jóia anual. Se, por outro lado, tivesse batido, mesmo com as confusões de declarações amigáveis e afins, se conseguisse provar a culpa do outro carro, então teria o arranjo pago, e o seguro em princípio não seria agravado.

A minha conclusão seria de que, cumprir o código não compensa. É provável que não tenha pensado bem no assunto, e algo me tenha escapado. Mas confesso que esta (e outras situações) me fazem pensar na adequação das regras e leis em vigor...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Os contemporâneos.. ou não

Lamento a todos os que acham piada ao Gato Fedorento e que deliraram com Os contemporâneos, mas eu já me enchi e ainda estava o Gato Fedorento a ser transmitido na Sic Radical. Concordo que possa ser defeito meu. Afinal, o Gato Fedorento foi transmitido durante muito tempo na RTP1, com grande sucesso, e até os convidaram para a passagem de ano onde, diria eu, fizeram um dos piores programas de sempre. A única coisa que achei piada foi ao Ricardo Araújo Pereira que, com bigode e vestido como estava, parecia o Freddy Mercury. Mas em todo o caso, o Gato Fedorento tem mérito! Conquistaram o espaço deles sozinhos, e continuam a ser vistos como autores de um humor inteligente (que, digo eu, já o foi há muitos anos).

Mas agora, o que não lembra nem ao Diabo, é que a RTP, por ter perdido o contrato com o Gato Fedorento se meta a contratar outros comediantes para continuar na mesma linha. Confesso que não vi o programa todo de domingo passado. Apenas... cinco minutos. Mas desiludiram-me completamente. Não foi mais do que continuar com o que o Gato Fedorento começou, e mudar os actores. Pensei que a publicidade com imitação do Gato Fedorento tivesse sido só isso, uma manobra de publicidade. E lamento especialmente porque acho muita piada ao Bruno Nogueira, especialmente nos monólogos que foi fazendo e colocando na Internet, no Os Incorrigíveis.

sábado, 3 de maio de 2008

EDP, Energias Renováveis

A EDP tem uma publicidade nova, às energias renováveis, onde se vê uma cidade a rodar, e vão aparecendo diferentes paisagens, até que aparece uma toca, um coelho, e no final, um conjunto de aerogeradores. Agora, o que não lembra nem ao Diabo é eu colocar esta mensagem aqui para vos perguntar: alguém sabe qual a música desta publicidade?