Hoje tive de levar a minha mãe ao Centro Distrital da Segurança Social de Braga. Foi visitar um "médico relator", dado um pedido de subsídio por dependência. Felizmente que o meu horário de trabalho é flexível, e que embora dependente, ela possa ir comodamente no meu carro, e numa cadeira de rodas até ao local.
Mas é triste ver ambulâncias de transporte de doentes com idosos. Alguns vêm, como a minha mãe, de cadeira de rodas, e embora a viagem seja menos simpática, por vir com os bombeiros, acabam por nem ter muitos contratempos.
Mais triste ainda é quando nas ambulâncias surgem idosos de maca, porque estão acamados. Pior ainda, ver que alguns estão dependentes de oxigénio ou de sondas. E têm de se deslocar a um centro de segurança social sem o mínimo de condições para receber estes idosos. Em dias de chuva, suponho que até a apanham, para conseguir chegar ao local em causa.
É triste. Se há soluções? Talvez mas dispendiosas, mas porque não um piquete da Segurança Social que visite estas situações? Tal como é feito o pagamento aos bombeiros pela deslocação, não ficará muito mais caro pagar ao piquete que se desloque aos lares onde estes idosos estão. É possível que algumas situações de abuso surjam. Mas haja alguma humanidade...
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
O que fazem mulheres (Camilo Castelo Branco)
Sem ser um dos melhores livros de Camilo, O que fazem mulheres é, dificilmente, o pior. Embora a história não seja de todo surpreendente (ora, romancista, escreve romances), a forma como Camilo interpõe capítulos filosóficos entre a história, conjecturando sobre a natureza humana, ou sobre a forma de pensar de homens e mulheres, não deixa de ser brilhante. A juntar os adjectivos cáusticos, sobre a rubincundez de um dos personagens, é um livro que se lê rapidamente e sem grande esforço. Se não gostaram de a queda de um anjo, dêem mais uma hipótese ao Camilo com esta obra. Se adoraram, como eu, os contos do Minho, leiam este que pouco atrás fica.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
O Homem da Areia (Lars Kepler)
Neste quarto livro da Lars Kepler com o personagem Joona Lina, um detetive do género de um Poirot, mas com a força de um Rambo, a história é um bocado diferente, e leva-nos à caça de um co-assassino com escolhas estranhas, que tem trabalhado com outro que se encontra internado numa unidade psiquiátrica de alta segurança. No entanto, em vez de termos Lina a liderar a acção, temos uma polícia, Saga, uma sereia, a servir de isco.
O livro lê-se bem, com capítulos pequenos, e quase sempre com acção. Ao contrário dos anteriores, neste Lars Kepler adiciona uns pós de erotismo e sexualidade, um pouco à semelhança de Ken Follet. No entanto não em demasia, embora haja alguma violência desnecessária.
O que mais me aborrece neste livro é a forma heróica com que os.. heróis.. .da história conseguem aguentar ferimentos, frio, quedas, tiros, pancada... mas tal como quando vemos um filme de acção made in Hollywood, temos também de deixar passar esses detalhes, e seguirmos a história mais na expectativa da explicação do estranho, do que na expectativa da humanidade das personagens.
Para quem gostou dos primeiros, recomendo a leitura. No entanto, não acho que se compare ao primeiro ou ao terceiro livro da saga.l
sábado, 20 de fevereiro de 2016
O Dia do Escaravelho (Catherine Fischer)
Este livro surgiu na minha colecção por completo acaso. A Editorial Presença, aqui há tempos, promoveu um concurso no Facebook, em no fim, fiquei com direito a dois livros, escolhidos de entre um conjunto de livros possíveis. Na altura podia ter lido comentários sobre as obras em causa, mas segui o instinto sobre o título do livro e... a capa.
Bem, confesso que este saiu furado. Li 50 páginas das 300. Percebi que é o terceiro volume de uma trilogia, o que só por si torna as coisas mais complicadas. Mas o tipo de narrativa, o tipo de história, não me motivou o suficiente para tomar a iniciativa de parar, comprar os outros volumes, e ler tudo do início. Continuei a ler mais um pouco. Mas, como digo, o tipo de história não me motivou. Um mundo em que coabitam deuses e humanos, mercenários e escribas, o chacal e outros, em que as personagens aparentemente, embora de tipos diferentes, não deixam de ser... humanos. É possível que esteja a ser injusto, já que na história que precede este livro algo pode ter acontecido para que se encontrassem nesta situação. Mas nesse caso, a autora devia ter tido o cuidado de dar um único nome à obra, e adicionado um subtítulo, juntamente com o número do volume, tal como foi feito, por exemplo, em O Senhor dos Anéis, do grande mestre Tolkien, ou em Os Pilares da Terra, de Ken Follet.
Por uma questão de princípio não deito fora livros, mas se alguém estiver interessado neste, ofereço-o de bom grado, como novo. Afinal 82% das páginas nem sequer foram lidas.
Bem, confesso que este saiu furado. Li 50 páginas das 300. Percebi que é o terceiro volume de uma trilogia, o que só por si torna as coisas mais complicadas. Mas o tipo de narrativa, o tipo de história, não me motivou o suficiente para tomar a iniciativa de parar, comprar os outros volumes, e ler tudo do início. Continuei a ler mais um pouco. Mas, como digo, o tipo de história não me motivou. Um mundo em que coabitam deuses e humanos, mercenários e escribas, o chacal e outros, em que as personagens aparentemente, embora de tipos diferentes, não deixam de ser... humanos. É possível que esteja a ser injusto, já que na história que precede este livro algo pode ter acontecido para que se encontrassem nesta situação. Mas nesse caso, a autora devia ter tido o cuidado de dar um único nome à obra, e adicionado um subtítulo, juntamente com o número do volume, tal como foi feito, por exemplo, em O Senhor dos Anéis, do grande mestre Tolkien, ou em Os Pilares da Terra, de Ken Follet.
Por uma questão de princípio não deito fora livros, mas se alguém estiver interessado neste, ofereço-o de bom grado, como novo. Afinal 82% das páginas nem sequer foram lidas.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Os Assaltos à Padaria (Haruki Murakami)
Não, não foi uma leitura supersónica. O livro, embora com quase 100 páginas, é pequeno. A mancha gráfica usa um terço do papel, a impressão a verde borratada em várias páginas, e o número de página tão minúsculo que mal se vê. No fim, encadernado com capa dura, tentando que se venda como um bom livro. Em termos de estética o que o safa são as lindas ilustrações. Melhores, ainda, que a história.
E por falar em história, e embora já conte que sendo escrita por Murakami não tenha um final claro, é fria, sem acção e sem grande significado. Fica tudo no ar. Não há uma razão. Não há sequer um desabafo. Tudo demasiado superficial.
Eu sei que é um pequeno conto. Mas contava com mais. Acho que a própria história, se melhor trabalhada dava para muito mais. Mas confesso que pode ter sido pelo aspecto do livro, que tenha ficado a contar com algo mais...
E por falar em história, e embora já conte que sendo escrita por Murakami não tenha um final claro, é fria, sem acção e sem grande significado. Fica tudo no ar. Não há uma razão. Não há sequer um desabafo. Tudo demasiado superficial.
Eu sei que é um pequeno conto. Mas contava com mais. Acho que a própria história, se melhor trabalhada dava para muito mais. Mas confesso que pode ter sido pelo aspecto do livro, que tenha ficado a contar com algo mais...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Dune (Frank Herbert)
Demorou. Foi quase um ano. A culpa acima de tudo não foi do livro, mas de um conjunto de situações que me levaram a ter menos tempo para a leitura e que me atrapalharam, também, a vista. Disso já vos falei, e não vos maço mais.
Em relação ao livro, que li em Inglês, devo dizer que, mais uma vez, foi um desafio. Tal como a leitura de muitas das obras de Isaac Asimov (Foundation, por exemplo), ou do Douglas Adams (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy), muitas palavras não me faziam grande sentido. Felizmente neste, e ao contrário de outros tinha um glossário de alguns termos inventados para o universo da história. Mas por um lado na maior parte das vezes a preguiça de o ir consultar é maior, e por outro, nem sempre nos conseguimos lembrar, de uns dias para os outros, do significado destas palavras. Isto para não falar de outros termos que simplesmente não conheço.
Mas lá consegui chegar ao fim, e perceber a história. Não vos vou contar a história, é evidente. Apenas dizer que nos dois grandes capítulos (Dune e Profeta), o primeiro é claramente melhor (minha opinião). O Segundo, mais pequeno que o primeiro, acaba por descrever um espaço temporal maior, o que por si só já demonstra as principais diferenças. Sinto que o autor já estava, parece-me, cansado, e com alguma vontade de atalhar caminho. Não significa, porém, que seja mau, simplesmente pior do que a obra prima que tantos referem, que me levaram a esperar melhor.
Em relação ao livro, que li em Inglês, devo dizer que, mais uma vez, foi um desafio. Tal como a leitura de muitas das obras de Isaac Asimov (Foundation, por exemplo), ou do Douglas Adams (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy), muitas palavras não me faziam grande sentido. Felizmente neste, e ao contrário de outros tinha um glossário de alguns termos inventados para o universo da história. Mas por um lado na maior parte das vezes a preguiça de o ir consultar é maior, e por outro, nem sempre nos conseguimos lembrar, de uns dias para os outros, do significado destas palavras. Isto para não falar de outros termos que simplesmente não conheço.
Mas lá consegui chegar ao fim, e perceber a história. Não vos vou contar a história, é evidente. Apenas dizer que nos dois grandes capítulos (Dune e Profeta), o primeiro é claramente melhor (minha opinião). O Segundo, mais pequeno que o primeiro, acaba por descrever um espaço temporal maior, o que por si só já demonstra as principais diferenças. Sinto que o autor já estava, parece-me, cansado, e com alguma vontade de atalhar caminho. Não significa, porém, que seja mau, simplesmente pior do que a obra prima que tantos referem, que me levaram a esperar melhor.
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