Avançar para o conteúdo principal

O Homem da Areia (Lars Kepler)


Neste quarto livro da Lars Kepler com o personagem Joona Lina, um detetive do género de um Poirot, mas com a força de um Rambo, a história é um bocado diferente, e leva-nos à caça de um co-assassino com escolhas estranhas, que tem trabalhado com outro que se encontra internado numa unidade psiquiátrica de alta segurança. No entanto, em vez de termos Lina a liderar a acção, temos uma polícia, Saga, uma sereia, a servir de isco.

O livro lê-se bem, com capítulos pequenos, e quase sempre com acção. Ao contrário dos anteriores, neste Lars Kepler adiciona uns pós de erotismo e sexualidade, um pouco à semelhança de Ken Follet. No entanto não em demasia, embora haja alguma violência desnecessária.

O que mais me aborrece neste livro é a forma heróica com que os.. heróis.. .da história conseguem aguentar ferimentos, frio, quedas, tiros, pancada... mas tal como quando vemos um filme de acção made in Hollywood, temos também de deixar passar esses detalhes, e seguirmos a história mais na expectativa da explicação do estranho, do que na expectativa da humanidade das personagens.

Para quem gostou dos primeiros, recomendo a leitura. No entanto, não acho que se compare ao primeiro ou ao terceiro livro da saga.l

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Uma Hora de Trânsito

Enviei este texto para os jornais locais, Diário do Minho e Correio do Minho. Nenhum dos quais se dignou, sequer, a responder o interesse (ou falta dele) pela publicação do texto. Assim sendo, aproveito para reavivar este blog, partilhando-o convosco.

Obesidade: uma doença?

    Tenho excesso de peso. É inegável. Mas a forma com que a sociedade, e em particular a comunidade médica, lida com isto, deixa-me frustrado. Sim,  gosto de comer, tenho uma vida sedentária, e preciso de mudar de hábitos. Isso é óbvio. Mas fazem ideia da dificuldade que é ter essa força de vontade. E não, um "tem de o fazer" não resolve nada. Para quem tem um metabolismo que queima calorias facilmente, isto deve parecer trivial. Comam menos, mexam-se mais, fim da conversa. Devem achar que passo o dia a comer. Muitas vezes nem é isso. Conheço gente que come barbaridades e continua magra. Não é o meu caso. O que me irrita é que a obesidade não é levada a sério, nomeadamente como uma doença. Pensa num fumador - tem adesivos de nicotina, medicação, acompanhamento psicológico, várias ferramentas. E quem tem peso extra: uma dieta num papel. É como dizer a um fumador "pronto, agora fumas só três vezes por dia, e daqui a quinze dias falamos". Já passei por vários nutri...