Avançar para o conteúdo principal

É triste como a SS trata os nossos idosos

Hoje tive de levar a minha mãe ao Centro Distrital da Segurança Social de Braga. Foi visitar um "médico relator", dado um pedido de subsídio por dependência. Felizmente que o meu horário de trabalho é flexível, e que embora dependente, ela possa ir comodamente no meu carro, e numa cadeira de rodas até ao local.

Mas é triste ver ambulâncias de transporte de doentes com idosos. Alguns vêm, como a minha mãe, de cadeira de rodas, e embora a viagem seja menos simpática, por vir com os bombeiros, acabam por nem ter muitos contratempos.

Mais triste ainda é quando nas ambulâncias surgem idosos de maca, porque estão acamados. Pior ainda, ver que alguns estão dependentes de oxigénio ou de sondas. E têm de se deslocar a um centro de segurança social sem o mínimo de condições para receber estes idosos. Em dias de chuva, suponho que até a apanham, para conseguir chegar ao local em causa.

É triste. Se há soluções? Talvez mas dispendiosas, mas porque não um piquete da Segurança Social que visite estas situações? Tal como é feito o pagamento aos bombeiros pela deslocação, não ficará muito mais caro pagar ao piquete que se desloque aos lares onde estes idosos estão. É possível que algumas situações de abuso surjam. Mas haja alguma humanidade...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Uma Hora de Trânsito

Enviei este texto para os jornais locais, Diário do Minho e Correio do Minho. Nenhum dos quais se dignou, sequer, a responder o interesse (ou falta dele) pela publicação do texto. Assim sendo, aproveito para reavivar este blog, partilhando-o convosco.

Obesidade: uma doença?

    Tenho excesso de peso. É inegável. Mas a forma com que a sociedade, e em particular a comunidade médica, lida com isto, deixa-me frustrado. Sim,  gosto de comer, tenho uma vida sedentária, e preciso de mudar de hábitos. Isso é óbvio. Mas fazem ideia da dificuldade que é ter essa força de vontade. E não, um "tem de o fazer" não resolve nada. Para quem tem um metabolismo que queima calorias facilmente, isto deve parecer trivial. Comam menos, mexam-se mais, fim da conversa. Devem achar que passo o dia a comer. Muitas vezes nem é isso. Conheço gente que come barbaridades e continua magra. Não é o meu caso. O que me irrita é que a obesidade não é levada a sério, nomeadamente como uma doença. Pensa num fumador - tem adesivos de nicotina, medicação, acompanhamento psicológico, várias ferramentas. E quem tem peso extra: uma dieta num papel. É como dizer a um fumador "pronto, agora fumas só três vezes por dia, e daqui a quinze dias falamos". Já passei por vários nutri...