Avançar para o conteúdo principal

Heat Wave - Richard Castle

Primeiro, as apresentações. Richard Castle é o nome de um personagem de uma série da cadeia televisiva abc, de nome Castle, que actualmente está a terminar a quarta temporada. A série é sobre um escritor, Richard Castle, que usando uma cunha, consegue fazer parte de uma equipa de detectives de homicídio, de modo não só a inspirar-se para os seus livros mas também para aprender como estes profissionais trabalham, de modo a tornar os seus livros mais realistas. A série é bastante boa, e recomendo.

Voltando ao livro, Heat Wave é o primeiro livro que Richard Castle escreve depois de se juntar à equipa liderada por Kate Beckett, que foi tornado real como golpe de marketing. É evidente que o livro não foi escrito pelo Castle, já que é apenas um personagem. Mas também é claro (parece-me) que não foi escrito pelo actor que toma o papel de Castle. Foi escrito, com certeza, por um qualquer escritor que aceitou prescindir do seu nome. O livro é uma cópia fiel ao que seria o livro realmente editado na série televisiva, não fossem dois ou três detalhes que referem a dita cadeia televisiva e a própria série. Até a fotografia de Richard Castle foi colocada na contracapa. Embora assinar como Castle possa ser visto como o uso de um pseudónimo, já é mais estranho que esse dito pseudónimo tenha uma cara concreta, de outra pessoa. Mas adiante, estes são detalhes que não são relevantes ao conteúdo do livro.

Já relevante ao conteúdo do livro é a qualidade (ou falta dela) do escritor contratado. É certo que se trata de um escritor que desenvolve uma história seguindo um conjunto de directrizes previamente fixadas, e não de acordo apenas e só com a sua inspiração. Isto leva a que a prosa não seja tão fluída como se se tratasse de uma obra completamente livro, ao fluir da pena.

A história não deixa de ser interessante, e como seria de esperar, bem relacionada com as personagens da série original. Na história do livro, Heat é a investigadora de homicídios, e Rook (reparem no paralelismo com Castle) um escritor... erm... jornalista, que usando uma cunha, consegue juntar-se à equipa de Heat para escrever uma reportagem sobre o modo operandis da investigação de homicídios. E mais não conto sobre a história, sob pena de vos estragar a leitura.

No entanto, devo reclamar! Existe um erro bárbaro na história, o que me faz ficar desconsolado. Mas não deixo de recomendar esta leitura a todos os fãs de Castle.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Incoerências ou falta de conhecimentos lógicos

Infelizmente estou a ler o livro " Desenvolvimento de Sistemas de Informação ", de Filomena Lopes , Maria Morais e Armando Carvalho , da FCA, Editora de Informática. O "Infelizmente" porque a minha opinião até ao momento é de que o conceito de DSI é mais treta do que quaquer outra coisa relevante. Mas não é isso que quero discutir, porque os meus conhecimentos de causa ainda são poucos. O que quero aqui referir é a falta de análise lógica dos autores. Algures na discussão de informação, organização e sistema de informação, afirmam: Poder-se-á dizer que não há organização sem informação, nem sistema de informação sem informação e, consequentemente, não há organização sem sistema de informação. Ora, transformemos esta afirmação em lógica de primeira ordem: (~ informação => ~ organização) e (~ informação => ~ sistema informação) então (~ sistema informação => ~organização) Simplificando, P = ((~A => ~B) /\ (~A => ~C)) => (~C => ~B). Construamos a ...

Lidl ainda no século XX

Pode parecer que não. Até partilham os folhetos na Net. Mas não, o Lidl ainda não passou ao século XXI. Ora vejamos, festejei o meu aniversário na semana passada. O Lidl tentou ser simpático, enviando-me por e-mail um vale para me oferecer um bolo de 3.5 Eur desde que fizesse compras no valor de 15 Eur em loja. Infelizmente "saco vazio não se tem de pé", pelo que ao fazer as compras semanais optei por passar no Lidl, e aproveitar o bolo. Cheguei à caixa e ao mostrar o vale no telemóvel, a funcionário ficou algo atrapalhada. Não percebi porquê. Mas telefonou à chefe de loja, e fiquei a perceber: eu não tinha o vale impresso, apenas em formato digital. Disseram-me, pois, que não podiam aceitar o vale porque precisam dele em papel para demonstrar (não sei junto de quem). O que é estranho porque, ao passar o código de barras, é feito um registo, e portanto, é feita prova. Já que, se a ideia é mostrar que não o uso mais que uma vez, bem que poderia imprimir uns quanto...