Demorou algum tempo. Se procurarem a minha última crítica literária neste blogue terão uma ideia de quanto tempo demorei a ler este livro. E é pequeno. E é em inglês. Mas essa não é a razão principal. Tudo depende do tipo de inglês. Além disso, tive várias confusões neste intervalo que atrasaram o processo.
Mas chega de desculpas, e avante com os comentários.
A minha principal dificuldade ao ler este livro foi contextualizar a história numa época. O livro diz claramente, fim do século XIX. Mas assim de cabeça, é-me difícil ter uma ideia. Que tipo de veículos se usavam (apenas puxados por cavalos?), que tipo de edifícios, que tipo de comboios...
Depois, o livro tem alguns capítulos um pouco fora do contexto. Por exemplo, o narrador conta a saída do irmão de Londres. Embora concorde que possa servir para o leitor ter uma ideia da demanda de pessoas a abandonar a cidade, é contada com muito pormenor. E no final de toda a história, ficamos sem saber se este mesmo irmão se safou (deve ter sobrevivido, já que contou a história) ou o que aconteceu com as duas senhoras que o acompanhavam.
O que gostei neste livro foram as breves reflexões sobre o que nós fazemos aos animais (ou como somos vistos pelos animais), e o paralelismo com o que uma raça superior nos poderia fazer a nós. Embora para alguns leitores esta reflexão possa fazer com que passem a vegetarianos, por aqui não foi o caso...
Também achei piada à descrição da anatomia dos marcianos. Um pouco fora do que estamos habituados nos filmes de Hollywood, o que é positivo.
2 comentários:
Acho que se tivesse lido um livro assim e ainda por cima em inglês, não teria percebido nada.
Um detalhe que me impressionou no livro foi, e para descrever a destruição da maior cidade do mundo (Londres), a referência ao terramoto de Lisboa de 1775. Acontecimento que se deu 1 século antes.
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