Avançar para o conteúdo principal

Em busca do Carneiro Selvagem - Haruki Murakami


Sugeriram-me o autor Haruki Murakami. Seguindo essa sugestão, abri a Wook, folheei os livros disponíveis, e escolhi um ao acaso: "Em busca do Carneiro Selvagem".

Pois bem, não posso deixar de dizer que o livro está muito bem traduzido e localizado, traduzindo expressões que tenho a certeza que não foram escritos tal e qual pelo autor, mas foram adaptadas ao público português. Exemplo disso é o uso de expressões como "igual ao litro", que não me parece ser uma expressão típica noutros países. No entanto a tradução repete várias vezes expressões semelhantes que cansam. Coisas como "movimento contínuo, X fez...", expressão que aparece demasiadas vezes para ser natural.

Em relação à história, é doida. Mas tem partes engraçadas e divertidas. Por exemplo, é curioso citar uma personagem feminina que trabalha como modelo de orelhas, porque as tem lindíssimas. Curiosamente não pude deixar de me lembrar, nessa altura, da pessoa que me sugeriu o autor, que embora não seja uma modelo de orelhas, que deixa todos boquiabertos pelas belas orelhas, é alguém que me deixa derretido com um lindo sorriso.

De volta à história... não é propriamente aborrecida, passando por vários detalhes irrelevantes para a história, mas deliciosos de ler. Claro que ao longo da história se percebe que estamos perante ficção... mas não estava a contar que fosse assim tanta... parece-me que o final do livro podia ter sido melhor trabalhado, de uma forma mais lógica e menos transcendente.

Quem sabe se não voltarei a ler um livro de Murakami. Mas para já não será o caso. Vou ali à estante procurar a próxima vítima. 


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Uma Hora de Trânsito

Enviei este texto para os jornais locais, Diário do Minho e Correio do Minho. Nenhum dos quais se dignou, sequer, a responder o interesse (ou falta dele) pela publicação do texto. Assim sendo, aproveito para reavivar este blog, partilhando-o convosco.

Obesidade: uma doença?

    Tenho excesso de peso. É inegável. Mas a forma com que a sociedade, e em particular a comunidade médica, lida com isto, deixa-me frustrado. Sim,  gosto de comer, tenho uma vida sedentária, e preciso de mudar de hábitos. Isso é óbvio. Mas fazem ideia da dificuldade que é ter essa força de vontade. E não, um "tem de o fazer" não resolve nada. Para quem tem um metabolismo que queima calorias facilmente, isto deve parecer trivial. Comam menos, mexam-se mais, fim da conversa. Devem achar que passo o dia a comer. Muitas vezes nem é isso. Conheço gente que come barbaridades e continua magra. Não é o meu caso. O que me irrita é que a obesidade não é levada a sério, nomeadamente como uma doença. Pensa num fumador - tem adesivos de nicotina, medicação, acompanhamento psicológico, várias ferramentas. E quem tem peso extra: uma dieta num papel. É como dizer a um fumador "pronto, agora fumas só três vezes por dia, e daqui a quinze dias falamos". Já passei por vários nutri...