quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Confiança no Próximo

Ando há dias para escrever este poste que... não lembra nem ao Diabo, porque ao contrário dos meus típicos postes sobre erros, reclamações, e outros, desta vez temos um poste filosófico. Sim, sei que poste é um mau aportuguesamento de post, mas apeteceu-me.

Agora, o tema que me traz aqui é a confiança. A confiança sem a qual o mundo não seria mundo. Dizem que o ser humano é desconfiado por natureza, mas eu não concordo. Mais de 80% das nossas acções neste planeta são baseados na confiança pelo outro:
  • se olharmos para os infantários, vemos um conjunto de pais a deixar os seus filhos e a confiá-los a um bando de desconhecidos;
  • do mesmo modo, na escola, os alunos confiam que os professores estão a fazer o melhor que sabem e podem para os ensinar, e os professores confiam que os alunos estão a fazer por aprender;
  • quando vamos a um restaurante, confiamos na comida que nos vendem; o mesmo acontece na peixaria, talho, etc;
  • na estrada, ao conduzir, confiamos, e demasiado, no próximo. Quão simples não é para qualquer condutor girar rapidamente o volante e produzir um grande desastre?
  • ao depositar dinheiro num banco confiamos nos funcionários que recebem os nossos depósitos, nos funcionários que recolhem os depósitos nas ATM, etc.
  • a resposta típica aos pontos anteriores seria que a justiça trataria do assunto. A justiça não é mais do que uma instituição... que é constituída por pessoas, nas quais nós confiamos;
Podia continuar por aqui a enumerar casos em que a nossa vida não funcionaria se não houvesse confiança. Mas no entanto, somos desconfiados. Sim, eu também. Mas pensar nisto ajudou-me a reflectir sobre a sociedade...

Não liguem... post de quinta à noite, depois de 8 horas a dar aulas...

1 comentário:

António Campos Soares disse...

Faz todo o sentido!

"Sem confiança, não conseguiríamos sair da cama de manhã, pois seríamos assaltados por um medo indeterminado."

Niklas Luhmann

Abraço