Na última edição do Cuidado com a Língua, de 23 de Fevereiro, apresentavam o conceito de pleonasmos: repetições de uma ideia numa expressão. O típico é o entrar para dentro ou o subir para cima que, embora pleonasmo em 90% dos casos, não o é em determinados contextos.
Que usassem estes dois exemplos, não me chocaria. O que me chocou forem ter usado o exemplo de duas metades ao invés de simplesmente metades. A minha pergunta é: se eu disser que comi metades de laranja significa que comi quantas laranjas? Apenas uma? Porque não duas? Porque não uma e meia? O facto de falar em metades não implica que estejamos a falar em duas. Estamos, sim, a falar de como foram obtidas (cortando algo em duas porções).
Ou seja, cortar uma maçã em duas metades é pleonasmo. Mas a verdade é que na maior parte dos contextos isto não é verdade.
Estes programas sobre a língua são positivos, mas têm um problema crónico: como não existe uma entidade normalizadora da língua (como existe, por exemplo, na Galiza), os investigadores de determinadas instituições lisboetas acham-se superior ao resto da raça, e tentam mandar bitaites. Coisas como dizer que se lê Felipe e não Filipe. Acima de tudo há que ser conhecedor da cultura portuguesa, e interessado em preservá-la (e não come-la por lorpa).
É que não lembra nem ao Diabo... ou lembrará...
3 comentários:
Bem... Também acho, mas olhe que ele podiam ter-se só referido ao exemplo "duas metades".
E olhe que em relação a isso do Felipe/Filipe já me disseram uma regra qualquer sobre isso... Acho que é por isso que muita gente do Sul diz "flipa/flipe"... pra não cair no erro de pronunciar o primeiro i... Mas isto sou eu que não percebo nada de regras... :P
Ora aí está. És a pessoa indicada. Como dizes o teu nome? :D
ó, eu sou labrega.. :p sou do norte.. eu Digo [Fílípáãn]...:D
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