Caríssimas editoras e livreiras, uma reedição de um livro não deve ser apenas uma reimpressão, com nova capa e nova tiragem. Deve ser vista como uma oportunidade de melhorarem um produto. Se ele vendeu ao ponto de precisarem de reeditar, é bom sinal. Mas não significa que o livro esteja perfeito, e cheio de erros.
Se há coisa que me aborrece seriamente é estar a ler um livro na sua quinta ou nona edição, e que está semeado de erros ortográficos e tipográficos.
Não me parece que fique tão caro pagar a um revisor para fazer uma leitura ao livro (assim como nós, vulgo leitores, detectamos erros, qualquer outro revisor irá detectar.. pelo menos alguns deles). E já ultrapassamos a era tipográfica em que uma prancha era caríssima. Estamos na era digital, e as alterações aos livros devem ser cada vez mais simples.
Se não acreditam que um revisor possa encontrar os erros perdidos, criem páginas em que os leitores possam submeter erros encontrados. Acredito que a maioria não o faça, mas terão uma surpresa ao constatar que muitos leitores têm prazer em garantir a qualidade das obras, e que terão todo o gosto em vos indicar passagens com necessidade de correcções.
domingo, 28 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
A Farsa do Serviço Nacional de Saúde - Parte I
O nosso serviço nacional de saúde é uma farsa, e toda a gente sabe que assim é. Não me parece que tornar esta farsa pública adiante o que quer que seja. Mas não custa tentar.
Nesta farsa, o episódio de hoje foca-se nas tomografias axial computorizadas, vulgarmente TAC. Não sei se sabem, mas supostamente o serviço nacional de saúde subsidia alguns exames, como radiografias, mamografias, ecografias e TAC. Infelizmente as ressonâncias magnéticas são por conta do utente.
Mas tudo isto não passa de uma farsa. No Centro de Saúde de Vila Nova de Famalicão o médico de família diz abertamente que não pode prescrever TAC. Numa reunião, o responsável pelo Centro de Saúde instruiu os médicos de família que não podem fazer esse tipo de prescrição.
Como não me parece que seja esse senhor a pagar do seu bolso estes exames, e como não será, também, o centro de saúde a pagá-lo, só poderá significar que o próprio serviço nacional de saúde instruiu os seus centros de saúde para não prescrever estes exames (ou então, o dito senhor estará a agir de sua livre vontade, e neste caso esta decisão deverá ser confrontada com os respectivos superiores).
Resultado final: o doente acha que o Serviço Nacional de Saúde não é assim tão mau... até vai subsidiando alguns exames. Mas vai ao Centro de Saúde, e verifica que o seu director é um homem mau, e não permite que se prescrevam estes exames. Uma farsa! Para ser assim, é preferível que o próprio serviço nacional de saúde venha publicamente dizer que não subsidiará mais estes exames.
Mas não, é sempre bom enganar os pobres contribuintes...
Nesta farsa, o episódio de hoje foca-se nas tomografias axial computorizadas, vulgarmente TAC. Não sei se sabem, mas supostamente o serviço nacional de saúde subsidia alguns exames, como radiografias, mamografias, ecografias e TAC. Infelizmente as ressonâncias magnéticas são por conta do utente.
Mas tudo isto não passa de uma farsa. No Centro de Saúde de Vila Nova de Famalicão o médico de família diz abertamente que não pode prescrever TAC. Numa reunião, o responsável pelo Centro de Saúde instruiu os médicos de família que não podem fazer esse tipo de prescrição.
Como não me parece que seja esse senhor a pagar do seu bolso estes exames, e como não será, também, o centro de saúde a pagá-lo, só poderá significar que o próprio serviço nacional de saúde instruiu os seus centros de saúde para não prescrever estes exames (ou então, o dito senhor estará a agir de sua livre vontade, e neste caso esta decisão deverá ser confrontada com os respectivos superiores).
Resultado final: o doente acha que o Serviço Nacional de Saúde não é assim tão mau... até vai subsidiando alguns exames. Mas vai ao Centro de Saúde, e verifica que o seu director é um homem mau, e não permite que se prescrevam estes exames. Uma farsa! Para ser assim, é preferível que o próprio serviço nacional de saúde venha publicamente dizer que não subsidiará mais estes exames.
Mas não, é sempre bom enganar os pobres contribuintes...
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
A lutar, do sofá!
Vi este título no Público de hoje, e achei que devia comentar. Não porque o título esteja errado, ou qualquer coisa desse género, mas porque é típico dos chefes "lutarem" de sítios desconhecidos, em segurança, a gozar de uma vida rica e descansada, enquanto que os seus pobres homens perdem a vida, magoam-se, passam fome e dificuldades.
Será que a vida é sempre assim? Já tínhamos o Osama Bin Laden nas mesmas circunstâncias. Por outro lado, será que podemos fazer um paralelismo com dirigentes dos países civilizados (por exemplo, o Obama) e as tropas deslocadas no fim do mundo?
Possivelmente a solução para este mundo é lutarmos todos como os nossos líderes, sem nada fazer. Então, talvez haja paz...
Será que a vida é sempre assim? Já tínhamos o Osama Bin Laden nas mesmas circunstâncias. Por outro lado, será que podemos fazer um paralelismo com dirigentes dos países civilizados (por exemplo, o Obama) e as tropas deslocadas no fim do mundo?
Possivelmente a solução para este mundo é lutarmos todos como os nossos líderes, sem nada fazer. Então, talvez haja paz...
domingo, 21 de agosto de 2011
São todos uns ases... do Português...
O primeiro de um "aviso" local, talvez mais desculpável (embora pouco). O segundo da publicidade da Chip 7, distribuída este domingo por todo o Portugal (e com o mesmo erro em várias páginas).
Mas olhem ao que eu digo... mais quatro ou cinco anos e um novo acordo ortográfico irá dar-lhes razão.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Porto ou Benfica? Desde pequenino se torce o pepino...
Ora, encontrei à venda uns livros de iniciação futebolística.
Não os abri, nem me interessa o seu conteúdo.
Mas é curioso olhar para as capas.
Enquanto que no do Benfica se alegram com uma águia...
Os do Porto alegram-se com uma taça.
Acho muito bem que não se levantem falsas esperanças aos pobres miúdos...
Não os abri, nem me interessa o seu conteúdo.
Mas é curioso olhar para as capas.
Enquanto que no do Benfica se alegram com uma águia...
Os do Porto alegram-se com uma taça.
Acho muito bem que não se levantem falsas esperanças aos pobres miúdos...
Lego 8043 - Escavadora
Ando há algum tempo para escrever umas linhas sobre este conjunto Lego que comprei antes de férias. Não sei se sabem, mas sou doidinho por Lego e tenho de me controlar para não gastar dinheiro. Mas já não comprava um conjunto há dois anos, o que me levou a ser mais mãos largas. Além do mais, estava em promoção na Amazon.
Este conjunto Technic tem de interessante o facto de ser motorizado e telecomandado (infravermelhos). Além disso tem umas novas peças que simulam bombas pneumáticas, mas que na verdade são mecânicas: um eixo é encaixado por baixo, e ao rodar um parafuso faz a bomba expandir-se ou encolher-se. Ahs, e é o meu primeiro conjunto com lagartas. Estes foram todos os factores que me levaram a escolher este conjunto e não outro.
O que posso dizer sobre a montagem que não esteja bem explícito nas imagens que fui guardando da sua construção, é que o corpo do bicho é bastante sólido. Infelizmente o encaixe dos dois receptores infra-vermelhos é algo sensível. Existem muitos detalhes na construção a que se deve ter atenção. Eu fui montando-o em dias diferentes, 5 a 10 minutos por dia, o que fez com que cometesse dois pequenos erros, que levaram a duas funcionalidades não funcionassem correctamente. Já as corrigi, mas convido-vos a analisar as imagens e tentar descobrir os erros.
É interessante como com quatro controlos (dois controlo remotos, dois controlos por controlo remoto) é possível comandar seis movimentos diferentes (que são activados por quatro motores). A ideia é simples e bem executada, um dos controlos (na imagem nota-se que tem uma peça vermelha) serve para comutar entre o controlo do braço e o controlo das lagartas e rotação. Ou seja, os restantes três controlos são usados para controlar a posição do braço, ou são usados para conduzir e rodar a cabine.
As minhas principais queixas são: (1) as lagartas são lentas, ruidosas e pouco flexíveis, (2) a caixa das pilhas embora já razoavelmente fácil de remover, tem alguns detalhes chatos, e (3) porque raio numa empresa de cliques, e encaixes, os comandos precisam de uma chave philips para tirar as pilhas?
Este conjunto Technic tem de interessante o facto de ser motorizado e telecomandado (infravermelhos). Além disso tem umas novas peças que simulam bombas pneumáticas, mas que na verdade são mecânicas: um eixo é encaixado por baixo, e ao rodar um parafuso faz a bomba expandir-se ou encolher-se. Ahs, e é o meu primeiro conjunto com lagartas. Estes foram todos os factores que me levaram a escolher este conjunto e não outro.
O que posso dizer sobre a montagem que não esteja bem explícito nas imagens que fui guardando da sua construção, é que o corpo do bicho é bastante sólido. Infelizmente o encaixe dos dois receptores infra-vermelhos é algo sensível. Existem muitos detalhes na construção a que se deve ter atenção. Eu fui montando-o em dias diferentes, 5 a 10 minutos por dia, o que fez com que cometesse dois pequenos erros, que levaram a duas funcionalidades não funcionassem correctamente. Já as corrigi, mas convido-vos a analisar as imagens e tentar descobrir os erros.
É interessante como com quatro controlos (dois controlo remotos, dois controlos por controlo remoto) é possível comandar seis movimentos diferentes (que são activados por quatro motores). A ideia é simples e bem executada, um dos controlos (na imagem nota-se que tem uma peça vermelha) serve para comutar entre o controlo do braço e o controlo das lagartas e rotação. Ou seja, os restantes três controlos são usados para controlar a posição do braço, ou são usados para conduzir e rodar a cabine.
As minhas principais queixas são: (1) as lagartas são lentas, ruidosas e pouco flexíveis, (2) a caixa das pilhas embora já razoavelmente fácil de remover, tem alguns detalhes chatos, e (3) porque raio numa empresa de cliques, e encaixes, os comandos precisam de uma chave philips para tirar as pilhas?
sábado, 13 de agosto de 2011
Galão em TetraPack
Para aqueles que julgam que só escrevo a dizer mal das coisas, estão enganados. Desta vez, dar os parabéns à UCAL (parmalat?) pelo seu novo produto, Ucal São Lourenço, ou Ucal Galão. Disponível em embalagens de 1 litro ou de 25 cl (acho).
Tal como as célebres garrafinhas de Ucal chocolate (o melhor leite achocolatado do meu ponto de vista), este Ucal Galão é divinal.
O único problema (ou o principal problema) é o facto de ter demasiadas calorias para eu poder beber amiúde.
Parabéns!
Tal como as célebres garrafinhas de Ucal chocolate (o melhor leite achocolatado do meu ponto de vista), este Ucal Galão é divinal.
O único problema (ou o principal problema) é o facto de ter demasiadas calorias para eu poder beber amiúde.
Parabéns!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Água Luso... no Luso
Nestas férias estavam planeados 10 dias no INATEL do Luso. Infelizmente e por motivos familiares, tive de as cancelar a meio da estadia. Em todo o caso, deu para perceber porque é que este país, à beira mar planado, não tem como sair do buraco. Não vale a pena a Troika... parece estar entranhado no nosso Ser.
Pois então explico a razão. No Luso, é suposto que se venda água Luso, certo? Até podia não ser o caso, mas a água servida ao almoço era Luso. Até aí tudo bem.
Mas fui ao bar do dito INATEL e pedi uma garrafa de 50cl de água fresca. Tinha visto no preçário que seriam 90 cêntimos. Por si só, já se vê que é um roubo. Mas nem é isso que venho discutir. A emprega perguntou-me se queria uma garrafa de água Luso ou Vitális. Perante esta pergunta, e estando eu no Luso, nem reflecti a razão da pergunta, e disse que queria do Luso.
Já tinha os 90 cêntimos em cima do balcão, mas a empregada disse: é um euro. Enquanto preparava a moeda de 1 euro para pagar, fui dizendo que no preçário dizia 90 cêntimos. A resposta foi inesperada: os 90 cêntimos são da água Vitális. A Luso é mais cara.
É com este tipo de publicidade que a Água Luso perde. E mais crítico ainda é quando esta façanha acontece exactamente ali, onde a água Luso brota da nascente...
Pois então explico a razão. No Luso, é suposto que se venda água Luso, certo? Até podia não ser o caso, mas a água servida ao almoço era Luso. Até aí tudo bem.
Mas fui ao bar do dito INATEL e pedi uma garrafa de 50cl de água fresca. Tinha visto no preçário que seriam 90 cêntimos. Por si só, já se vê que é um roubo. Mas nem é isso que venho discutir. A emprega perguntou-me se queria uma garrafa de água Luso ou Vitális. Perante esta pergunta, e estando eu no Luso, nem reflecti a razão da pergunta, e disse que queria do Luso.
Já tinha os 90 cêntimos em cima do balcão, mas a empregada disse: é um euro. Enquanto preparava a moeda de 1 euro para pagar, fui dizendo que no preçário dizia 90 cêntimos. A resposta foi inesperada: os 90 cêntimos são da água Vitális. A Luso é mais cara.
É com este tipo de publicidade que a Água Luso perde. E mais crítico ainda é quando esta façanha acontece exactamente ali, onde a água Luso brota da nascente...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Noite sobre as águas
A minha última leitura foi o meu primeiro livro deste autor (Ken Follett). Não o comprei (requisitei numa biblioteca), e não o compraria, já que não tinha qualquer informação sobre o autor. A única coisa que me podia tentar é um extracto de um comentário sobre o livro publicado algures, e que diz que a obra é comparável ao Crime no Expresso Oriente, de Agatha Christie. Ora, eu ainda não li o Crime no Expresso Oriente (embora já o tenha comprado), mas pelo que conheço da obra de Agatha Christie, este Noite sobre as Águas deverá estar a milhas de distâncias. Nota importante, não acreditar nestes comentários que comparam obras. O mais certo é não corresponderem à verdade.
Ora, a única semelhança que encontro, é que o Noite sobre as Águas descreve uma viagem, de Inglaterra para os Estados Unidos, no tempo em que essa viagem demorava mais de 24 horas; e imagino que o Crime no Expresso Oriente, descreva uma história que decorre durante a viagem do dito comboio.
O livro não deixa de ser interessante. São apresentados todos (ou, digamos, os principais) passageiros deste voo, não com um ou dois parágrafos, mas com um pouco da sua vida antes desta viagem, e a razão que despoleta a viagem. Não que essa razão seja relevante, na maior parte dos casos, para a história descrita, mas faz com que o leitor sinta que conhece melhor os intervenientes na história.
Grande parte do livro é relativamente calmo. Vai descrevendo a viagem e pouco mais. São poucos os detalhes relativos à história principal (do tipo policial). Só aparecem a mais de três quartos do livro. Depois, o autor cisma em descrever encontros sexuais. Não que tal me choque, me desagrade, ou me agrade. É-me irrelevante. Mas num livro de 500 páginas são descritas quatro ou cinco cenas eróticas/sexuais, que nada são relevantes para a história. Mas é provável que este tipo de prosa seja o que actualmente vende.
Em relação à escrita (e/ou tradução), é correcta, e não me surgiu nenhum erro durante toda a leitura, o que é estranho... como devem imaginar... dados os meus comentários prévios a outros livros. Leitura fácil de seguir, diálogos bem explicados (só numa situação tive de reler para perceber ao certo tem falava). No entanto, a história não foi capaz de me cativar e prender ao livro.
Não é de todo um livro excepcional, mas também não é um livro mau. Numa escala de 1 a 10 (tipo IMDB) daria uma classificação de 7.
Ora, a única semelhança que encontro, é que o Noite sobre as Águas descreve uma viagem, de Inglaterra para os Estados Unidos, no tempo em que essa viagem demorava mais de 24 horas; e imagino que o Crime no Expresso Oriente, descreva uma história que decorre durante a viagem do dito comboio.
O livro não deixa de ser interessante. São apresentados todos (ou, digamos, os principais) passageiros deste voo, não com um ou dois parágrafos, mas com um pouco da sua vida antes desta viagem, e a razão que despoleta a viagem. Não que essa razão seja relevante, na maior parte dos casos, para a história descrita, mas faz com que o leitor sinta que conhece melhor os intervenientes na história.
Grande parte do livro é relativamente calmo. Vai descrevendo a viagem e pouco mais. São poucos os detalhes relativos à história principal (do tipo policial). Só aparecem a mais de três quartos do livro. Depois, o autor cisma em descrever encontros sexuais. Não que tal me choque, me desagrade, ou me agrade. É-me irrelevante. Mas num livro de 500 páginas são descritas quatro ou cinco cenas eróticas/sexuais, que nada são relevantes para a história. Mas é provável que este tipo de prosa seja o que actualmente vende.
Em relação à escrita (e/ou tradução), é correcta, e não me surgiu nenhum erro durante toda a leitura, o que é estranho... como devem imaginar... dados os meus comentários prévios a outros livros. Leitura fácil de seguir, diálogos bem explicados (só numa situação tive de reler para perceber ao certo tem falava). No entanto, a história não foi capaz de me cativar e prender ao livro.
Não é de todo um livro excepcional, mas também não é um livro mau. Numa escala de 1 a 10 (tipo IMDB) daria uma classificação de 7.
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