Avançar para o conteúdo principal

Leitura Braile

Na imagem (cliquem para ver em tamanho maior) pode-se ver que nesta embalagem de iogurtes, se lê "Leitura Braille". Muito perto nota-se na fotografia (e também se nota ao tacto) que ali perto está uma inscrição braille. É certo que eu não sei o que lá está escrito, mas estou convicto de que pelo menos terá a data de validade.

O que discuto não é a incorporação desta informação em braille. Estou totalmente de acordo, e apoio incondicionalmente. O que acho estranho é colocarem este tipo de inscrição? Para que serve?
  • para que os cegos olhem para a embalagem e encontrem mais depressa a inscrição Braille? Não me parece.
  • fazer com que o consumidor normal, que não precisa de Braille para nada, repare, e ache boa a iniciativa, e por isso, ache que deva comprar mais iogurtes desta marca? Quem sabe.
  • ou então, se há legislação (haverá?) sobre este assunto, poderá servir para dizer "Olá fiscal! Sim, tenho inscrição em braille! Está ali! Tás a ver!?"
Ah pois, não lembra nem ao Diabo!

Comentários

Unknown disse…
Acho que é um mistura de tudo! :)
Olha, independentemente do objectivo final, estar presente a mensagem tem vantagens. É uma espécie de passa a palavra. Posso falar-te por experiência própria: convivi com um cego cerca de 9 anos e tenho uma amiga cega.
O que acontece muitas vezes é que eles tomam consciência que existe algo vocacionado para eles porque alguém lhes diz. Eles não vão andar a apalpar tudo quanto é iogurte no supermercado para poderem descobrir que agora a danone tem informação em braile.
Mas por exemplo, agora que eu sei, sou capaz de enviar um email à Fátima a dizer: olha, a danone tem braile nos iogurtes!!! E assim ela toma conhecimento. E sim, é importante para ela saber, ao ponto de eu enviar-lhe um email.
Alberto Simões disse…
@magdajoanasilva: acho que davas por ela mesmo sem estar escrito. Salta mais ao olho os picos do que a mensagem ao lado ;)

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Incoerências ou falta de conhecimentos lógicos

Infelizmente estou a ler o livro " Desenvolvimento de Sistemas de Informação ", de Filomena Lopes , Maria Morais e Armando Carvalho , da FCA, Editora de Informática. O "Infelizmente" porque a minha opinião até ao momento é de que o conceito de DSI é mais treta do que quaquer outra coisa relevante. Mas não é isso que quero discutir, porque os meus conhecimentos de causa ainda são poucos. O que quero aqui referir é a falta de análise lógica dos autores. Algures na discussão de informação, organização e sistema de informação, afirmam: Poder-se-á dizer que não há organização sem informação, nem sistema de informação sem informação e, consequentemente, não há organização sem sistema de informação. Ora, transformemos esta afirmação em lógica de primeira ordem: (~ informação => ~ organização) e (~ informação => ~ sistema informação) então (~ sistema informação => ~organização) Simplificando, P = ((~A => ~B) /\ (~A => ~C)) => (~C => ~B). Construamos a ...

Lidl ainda no século XX

Pode parecer que não. Até partilham os folhetos na Net. Mas não, o Lidl ainda não passou ao século XXI. Ora vejamos, festejei o meu aniversário na semana passada. O Lidl tentou ser simpático, enviando-me por e-mail um vale para me oferecer um bolo de 3.5 Eur desde que fizesse compras no valor de 15 Eur em loja. Infelizmente "saco vazio não se tem de pé", pelo que ao fazer as compras semanais optei por passar no Lidl, e aproveitar o bolo. Cheguei à caixa e ao mostrar o vale no telemóvel, a funcionário ficou algo atrapalhada. Não percebi porquê. Mas telefonou à chefe de loja, e fiquei a perceber: eu não tinha o vale impresso, apenas em formato digital. Disseram-me, pois, que não podiam aceitar o vale porque precisam dele em papel para demonstrar (não sei junto de quem). O que é estranho porque, ao passar o código de barras, é feito um registo, e portanto, é feita prova. Já que, se a ideia é mostrar que não o uso mais que uma vez, bem que poderia imprimir uns quanto...