domingo, 3 de julho de 2011

Nojice de jornalismo cor-de-rosa

A revista visão, que já devia ter juízo e deixar-se de jornalismo cor-de-rosa, tem na edição desta semana uma capa dedicada à morte já tão badalada (e peço desculpa por voltar a falar no caso) do cantor Angélico.

Se já era mau falarem tanto de uma morte, como outra qualquer, sem prestarem o mínimo de respeito pelas pessoas que morreram com ele (sim, não sabem cantar mas são gente, que possivelmente até contribuíram mais para o país... quem sabe... afinal nem sei de quem estou a falar) ou outros tantos que já morreram neste planeta, pior é agora a reportagem da Visão intitulada A maldição da fama tentar defender que a morte foi causada por ele ser.. famoso.

Primeiro, a morte não foi por ele ser famoso, mas por ser desmiolado (para não usar um termo mais forte que possa ferir susceptibilidades). Se ia em excesso de velocidade, com um carro que não era dele, sem cinto de segurança... tudo porque... é famoso?... já ouvi desculpas melhores!

Segundo, porque se foi maldição da fama, porque morreu quem ia com ele?

Como fiquei logo enojado com esta reportagem, não me dediquei a analisar os outros famosos que a Visão refere. Vi, por exemplo, a princesa Diana. Essa posso concordar que foi por ser famosa (e por ter fotógrafos atrás dela, segundo consta) que o acidente sucedeu.

Mas que eu saiba, ninguém ia atrás do BMW. Nem sequer a polícia,... infelizmente!

2 comentários:

Alberto Simões disse...

Li mais três exemplos da Visão de morte por ser "famoso". Um atirou-se para a frente do comboio (como era famoso achou que não ia morrer?) outro despistou-se com um Porsche a 200 Km/h (ahs, se não fosse famoso não se despistava) e outro morreu por overdose de heroína (pois, se não fosse famoso já tinha sido preso?).

António Campos Soares disse...

Boas!
Partilho do mesmo descontentamento.
No mesmo dia faleceu Salvador Caetano, um ilustre, do qual quase não se falou. Infelizmente...