segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tuning

Tenho alguma dificuldade em perceber grande parte daqueles que gastam o seu dinheiro para ter um carro com tuning. Passo a explicar porquê...

Do meu ponto de vista, só faz sentido fazer tuning para melhorar, em algum aspecto, o objecto em causa. Ou torná-lo mais bonito (embora em alguns casos isso possa ser discutível), torná-lo mais eficiente (a gastar menos combustível, por exemplo) ou mais rápido.

Estas são as mesmas formas que tenho de ver o tuning de hardware. Colocar uns néons dentro da caixa, com vidro, para o tornar mais bonito, colocar um dissipador a água para um arrefecimento mais rápido do processador, ou o overclocking do processador para que ele seja mais rápido.

Agora, o que não consigo perceber é o conjunto de ricaços que investem em sistemas de escape barulhentos, que pouco trazem de estético, e muito contribuem em termos de poluição sonora. Isto leva-me a pensar que o tuning talvez não seja uma questão de gosto pessoal em relação a determinado objecto, mas uma questão de necessidade psicológica de chamar à atenção no meio da rua.

Sim, porque eu era incapaz de mudar o dissipador do meu computador para um mais barulhento, por mais eficaz que ele fosse...

domingo, 23 de maio de 2010

Uma lição

Nestes últimos dias muito se fala e se irá falar do Mourinho. Mais uma taça da Champions conquistada. E diz-se muita coisa, desde que Mourinho é o melhor treinador do mundo (concordo), até às diferentes formas que defendem que o Mourinho usa para conquistar a dita taça.
Mas o que eu quero aqui dizer, não tem que ver com futebol. Tem que ver com perseverança, força de espírito, determinação! Reparem no que o Mourinho fez até agora: Champions com o Futebol Clube do Porto, com o Chelsea (afinal parece que no Chelsea não conseguiu - obrigado ao comentário anónimo que me corrigiu), com o Inter de Milão e, em breve, ninguém duvida que o conseguirá com o Real Madrid.
Agora, é importante reparar que os jogadores não são sempre os mesmos. É verdade que alguns saíram do FCP e foram para o Chelsea. Sou sincero, não me lembro se o mesmo aconteceu aquando da saída para o Inter.
Em todo o caso, não é um treinador que joga, que faz os golos. Só os treina, põe-nos a trabalhar em conjunto.
É certo que não são quaisquer jogadores. Mas demonstra que o importante não são aqueles jogadores, o importante é a transformação de indivíduos numa equipa, com um ideal comum, convictos e determinados a trabalhar por ele.
Parece-me que é exactamente isto que falta actualmente, em todo o lado, e em especial na política, nas empresas e nas escolas.
Será que os políticos estão empenhados em fazerem o seu melhor, em trabalhar em conjunto (sim, com os da oposição), num ideal comum? Ou querem apenas defender as suas ideias, acusar-se mutuamente, gastar o dinheiro do estado?
Nas empresas não será muito diferente. Será o objectivo ter uma empresa sólida que consiga garantir o futuro aos seus funcionários, ou uma empresa que tenha lucros rápidos a investir em Jaguar e Ferrari?
O mesmo acontece com os professores. Falo pelo menos dos universitários onde me insiro, e com o quais tenho mais contacto. Quantos destes professores querem, realmente, formar alunos? Quantos querem, realmente, fazer investigação? E quantos querem, infelizmente, receber o ordenado ao fim do mês recusando-se a dar disciplinas porque "não têm conhecimentos" ou "porque esse tema não os motiva"? Claro que também os alunos têm esta falta de objectivos bem definidos...

Mourinho, precisamos de ti, mas não é no Futebol. É em todo o lado...

sábado, 15 de maio de 2010

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu.

Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings, e o Shopping Town, único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão.

Entretanto, eis que surgem os hipermercados, e depois de se instalarem e ganharem alguma clientela, um deles (E'Leclerc) lembrou-se de abrir quatro salas de cinema (não muito grandes, mas quatro salas confortáveis). Com quatro salas tiveram de investir em alguma diversidade de filmes. Não teria muita lógica ter apenas uma sala aberta, e também não teria lógica ter duas, três ou quatro, com filmes repetidos.

Isto foi evoluindo até que, dada a modernidade destas quatro salas, e talvez a facilidade de estacionamento, o cinema do dito Shopping Town fechou. O curioso é que também não demorou muito até que o E'Leclerc concluísse que Famalicão não tem público para quatro salas. E não tem. Ainda para mais com a proximidade de Braga ou Porto. Então, fecharam. As quatro salas.

Esta é a história dos cinemas em Famalicão. Neste momento, não temos. Temos uma casa da cultura onde passam alguns filmes, menos Hollywoodescos. Mas cinema, com as pipocas, os filmes de acção, os filmes de terror, etc, já não temos.

Verdade seja dita que para quem tem carro, ir até a um cinema nem custa tanto. Pouco mais de 20 quilometros para cada lado, e vai-se a Braga, onde cinemas não faltam.

Mas por outro lado, assim há desculpa para... as cópias de segurança?

sábado, 8 de maio de 2010

Declaração Amigável de Sinistro Automóvel

Se são condutores, com certeza que já viram um impresso colorido (agora também a B&W para impressão caseira) que serve para registar os dados dos intervenientes num sinistro automóvel.

Infelizmente já tive demasiadas situações em que esta folha entrou (ou devia ter entrado) ao barulho. Não foram assim tantas, mas umas cinco, talvez. Curiosamente, nestas cinco vezes, preenchi o dito impresso... zero vezes. Sempre que sugiro que o façamos o condutor do outro veículo não o quer fazer. Ou porque não sabe preencher, ou porque tem medo que eu o engane, ou seja o que for. Até agora a solução passou sempre por chamar a polícia (excepto neste último caso, que vos explico mais abaixo). Da última vez que chamaram a polícia, o agente perguntou-me porque não preenchemos logo o impresso. A minha resposta foi: "ali o outro senhor não quis..."

Desta última vez... o homem chamou um amigo de uma oficina para lhe preencher o papel... lá foi preenchendo muito a medo, com dificuldade em escrever (erros ortográficos não faltam naquele impresso).

Dito isto, gostava de sugerir que nas aulas de código e no exame de código se obrigasse um aluno a preencher um destes impressos. Acredito que torne a avaliação menos automática (talvez não seja fácil de avaliar através de uma aplicação o preenchimento de um destes impressos), mas talvez diminua o número de ocorrências a que a GNR e PSP têm de acorrer.

Claro que depois podem ver o lado oposto... se a GNR e PSP não fizerem este serviço, servem para quê? Mas deixo esse assunto para outras deambulações...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pretoguês

Ora, que o Público não sabe escrever, já o sabíamos. Agora, o que não sabíamos, é que escreviam de maneira diferente de acordo com a cor envolvida.

Agora, por uma questão de princípio, cumpre-me dizer-vos que a versão correcta é a que se encontra no corpo da notícia.

Colocando parêntesis como se de matemática se tratasse: Um (em cada três que morreram nas estradas portuguesas) conduzia sob o efeito de álcool...