Avançar para o conteúdo principal

Dicionário: anónimo

Se visitarem as páginas referentes aos dicionários da Porto Editora, na livraria desta mesma editora (a Webboom), irão notar algo muito estranho. Por exemplo, visitem a página do Dicionário de Espanhol-Português.

Não repararam em nada de estranho? Quando falam de um dicionário bom, como é que habitualmente se referem a ele? Dicionário de Cândido de Figueiredo, Dicionário Augusto Moreno, Dicionário Aulete, Dicionário Morais Silva...

Que não se coloque o nome dos autores na capa quando se referem a um conjunto grande de pessoas, ainda concordo. Agora, não lembra nem ao Diabo que um dicionário com um autor (ou dois, ou três) não tenha o nome do autor referido nem sequer na página de informação da editora....

anónimo
adj.,
sem nome de autor, que não é assinado;

Comentários

Rui Seabra disse…
E já agora... que fosse um dicionário de idiomas não fictícios.

Já se fosse de Castelhano-Português...
Álvaro disse…
Alberto:
Tens toda a razão quanto à Webboom.
Mas, no dicionário, na página de créditos, aparece:

Álvaro Iriarte Sanromán (coordenador)
Anabela Leal de Barros
António Bárbolo Alves
Isaura das Dores Guedes Vilar Mota
Santiago Real Peña
Com a colaboração de:
Alexandra Iriarte Sanromán
© PORTO EDITORA, LDA.

e uma citação de que gosto muito:

… - por que escrevo eu este livro? Porque o reconheço imperfeito. Calado seria a perfeição; escrito, imperfeiçoa-se; por isso o escrevo.

Bernardo Soares: Livro do Desassossego

Mas é verdade, cada vez são mais frequentes os "dicionários anónimos"
Álvaro disse…
Rui Seabra:
Dicionário da Academia: Espanhol … Língua românica falada em Espanha e nos países de América Latina à excepção do Brasil. = Castelhano.

Como luso-galego (ou galego-português), considero mais “perigoso” o uso do termo “castelhano”. Não sei se está a ver: “castellano”, uma língua espanhola, como o euskara, o catalão, o galego ou galego-português… ou até, no futuro, o português” (leia-se Saramago).
Mas, de qualquer maneira… o que seria do amarelo se…

Mensagens populares deste blogue

Vila Nova de Famalicão sem Cinema

Vila Nova de Famalicão nasceu numa encruzilhada, entre Braga, Porto, Barcelos, Guimarães, todas cidades seculares. Nesta encruzilhada foi surgindo a necessidade de pernoitar, surgiram os caminhos de ferro, a indústria dos relógios, na já falecida "A Boa Reguladora", e, pouco a pouco, a cidade surgiu. Originalmente tínhamos um teatro, o Cine-Teatro Augusto Correia. Pelo nome já depreendem que tinha uma sala polivalente, que permitia assistir a cinema ou a teatro. Com o tempo surgiu a mania dos Shoppings , e o Shopping Town , único da cidade que merece tal nome, abriu, incluindo um cinema. O Cine-Teatro Augusto Correia foi ficando velho e mais tarde fechou (entretanto demolido, e já oupado por novo prédio habitacional). Este cinema, no Shopping Town foi-se aguentando. É verdade que um cinema numa cidade pequena não pode ter grande variedade de filmes (fica demasiado caro). Mas os filmes mais falados acabavam por passar em Famalicão. Entretanto, eis que surgem os hipermercados,...

Uma Hora de Trânsito

Enviei este texto para os jornais locais, Diário do Minho e Correio do Minho. Nenhum dos quais se dignou, sequer, a responder o interesse (ou falta dele) pela publicação do texto. Assim sendo, aproveito para reavivar este blog, partilhando-o convosco.

Incoerências ou falta de conhecimentos lógicos

Infelizmente estou a ler o livro " Desenvolvimento de Sistemas de Informação ", de Filomena Lopes , Maria Morais e Armando Carvalho , da FCA, Editora de Informática. O "Infelizmente" porque a minha opinião até ao momento é de que o conceito de DSI é mais treta do que quaquer outra coisa relevante. Mas não é isso que quero discutir, porque os meus conhecimentos de causa ainda são poucos. O que quero aqui referir é a falta de análise lógica dos autores. Algures na discussão de informação, organização e sistema de informação, afirmam: Poder-se-á dizer que não há organização sem informação, nem sistema de informação sem informação e, consequentemente, não há organização sem sistema de informação. Ora, transformemos esta afirmação em lógica de primeira ordem: (~ informação => ~ organização) e (~ informação => ~ sistema informação) então (~ sistema informação => ~organização) Simplificando, P = ((~A => ~B) /\ (~A => ~C)) => (~C => ~B). Construamos a ...